Relatório de Monitorização das Térmitas de Madeira Seca dos Açores - ano de 2018
- February 21st, 2019
- Scientific Report
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A térmita de madeira seca Cryptotermes brevis (Walker, 1853) (Insecta, Blattodea) é uma praga que ataca as estruturas das habitações estando confirmada a sua presença em seis das nove ilhas que constituem o arquipélago dos Açores. A monitorização da praga é realizada continuamente desde 2009 na cidade de Angra do Heroísmo (Terceira) e, desde 2010 nas cidades de Ponta Delgada (São Miguel) e Horta (Faial). Nas localidades de Santa Cruz das Ribeiras, Calheta do Nesquim (Pico), Calheta (São Jorge) e Vila do Porto e Maia (Santa Maria) a monitorização é realizada desde 2011. A monitorização é realizada pela captura de alados, térmitas reprodutoras com a capacidade de voo, com armadilhas e consequente contagem desses indivíduos. Estes dados são posteriormente processados em Sistema de Informação Geográfica (SIG), obtendo-se um mapa com as zonas afetadas e consequente risco de infestação.
Durante o ano de 2018 foi realizado, pela primeira vez, um trabalho de pesquisa porta-a-porta que integrou a Universidade dos Açores e as direções regionais de Ambiente e Habitação. Esta pesquisa surgiu no seguimento de sessões de esclarecimento realizadas entre o final de 2017 e inicio de 2018 nas ilhas de Santa Maria, S. Jorge e Pico. Este trabalho permitiu verificar de forma bastante fiável a propagação da térmita de madeira seca nestas ilhas onde, até então, apenas alguns edifícios estavam indicados como infestados pela térmita de madeira seca C. brevis.
São apresentados mapas de risco para todas as zonas afetadas pela praga indicando que, relativamente a anos anteriores, a área de risco aumentou de forma significativa, principalmente nas ilhas do Pico, S. Jorge e Santa Maria.