Guerreiro, O. & Borges, P.A.V. (2016) Monitorização da espécie de térmita de madeira seca C. brevis no arquipélago dos Açores (2010-2015). Universidade dos Açores, Dep. de Ciências Agrárias, Angra do Heroísmo, 26 pp.
A térmita de madeira seca Cryptotermes brevis (Walker) (Insecta, Isoptera) é uma praga que ataca as estruturas das habitações estando confirmada para seis das nove ilhas que constituem o arquipélago dos Açores. A monitorização da praga foi iniciada em 2009 na cidade de Angra do Heroísmo através da colocação de armadilhas colantes em edifícios afectados, nas diversas ruas da cidade. A partir de 2010, a monitorização estendeu-se aos vários pontos afectados e actualmente é realizada nas Ilhas do Pico, Faial, S. Jorge, Terceira, S. Miguel e S. Maria. A monitorização é realizada pela captura de alados, térmitas reprodutoras com a capacidade de voo, com armadilhas e consequente contagem desses indivíduos. Estes dados são posteriormente processados em Sistema de Informação Geográfica (SIG), obtendo-se um mapa com as zonas mais afectadas e as que têm maior risco de infestação. As zonas mais afectadas pela praga são as cidades de Angra do Heroísmo e Ponta Delgada, nomeadamente nas zonas centrais e mais antigas das cidades. Em ambas as cidades existe, ao longo dos anos de monitorização, um aumento das capturas de térmitas aladas e da área de risco elevado de infestação, sendo que, essa área é bastante mais significativa em Angra do Heroísmo.
Neste relatório são apresentados os mapas da evolução da infestação de Cryptotermes brevis nas várias localidades afectadas entre o ano de 2010 até 2015 (2011-2015 para as ilhas do Faial, Pico, S. Jorge e Santa Maria).
Para cada cidade a situação actual é a seguinte:
A série temporal de seis anos permite-nos verificar que C. brevis continua a expandir-se. Face aos resultados apresentados, é imperativa a implementação de um Plano Integrado de Gestão da Praga Urbana para controlar a praga e evitar a sua expansão a outras localidades, plano este que está em fase de estudo.